Símbolo do Curso / Profissão

Símbolo do Aquarismo

Eram os faraós aquaristas? Disso não temos certeza. Mas podemos afirmar que entre pirâmides, sarcófagos e múmias, que hoje fazem a delícia dos arqueólogos, há indícios de que os egípcios tenham sido os primeiros humanos a ter essa idéia simples e genial: colocar peixes em grandes tanques de vidro. Estudiosos da astronomia e da matemática, decerto descobriram no aquarismo uma possibilidade relaxar a mente para melhor se concentrarem em prever a época das inundações do Nilo, fazer projetos de pirâmides e outros assuntos mais práticos. Por isso mesmo, criar peixes ficou, para eles, apenas para o nível de ornamentação ou, quem sabe, na área da gastronomia. Afinal, um tanque cheio de peixes não deixa de ser um estoque de alimento!

Era uma vez, na Grécia

Um filósofo, de nome Aristóteles, que se interessava por uma variedade enorme de assuntos. Escreveu sobre lógica, metafísica, retórica, política e ciências naturais. Passou anos e anos de sua vida estudando a estrutura, os hábitos e o crescimento de diversos animais. É claro que os peixes que, naquela época, circulavam pelo Egeu não poderiam escapar à sua observação. Ele descreveu nada menos que 115 espécies diferentes! Grande pensador, iniciava assim uma nova ciência, a ictiologia, palavra grega que significa estudo dos peixes.

Estórias de Marco Polo

O famoso viajante Italiano conta, nos relatos de suas viagens pelo Oriente, no século XIII, que os Chineses tinham o hábito de criar lindos peixes em tanques de vidro. Curiosos e possuidores de verdadeiro espírito científico, foram eles que, bem depois de Aristóteles, continuaram a estudar os peixes conseguindo realizar os primeiros cruzamentos seletivos, entre 970 e 1278. O que demonstra que o conceito de aquarismo, na China antiga, época da dinastia Sung, já era bem mais próximo do que temos hoje. Foi lá que se desenvolveu a criação do peixe dourado , ainda sem as enormes nadadeiras que hoje o caracterizam. Tudo isso Marco Polo escreveu em seu livro, para surpresa do mundo Ocidental. O que ele não ficou sabendo é que o Carassius auratus teria seu processo de seleção aperfeiçoado, mais tarde, pelos Japoneses que levaram a fama, popularizando-o como peixe-japonês.

"CHU SHA YU P'U"
Você não vai precisar aprender chinês, mas, como bom aquarista, é importante saber que essas quatro palavrinhas são o título responsável por um grande avanço na aquariofilia. Tradução: "Livro dos peixes vermelhos", escrito pelo chinês CHANG CHI' EN-TÊ. Essa foi a primeira obra publicada sobre técnicas de criação de peixes ornamentais. Reafirmando o espírito científico já demonstrado por seus antepassados, esse pesquisador quis compartilhar com o mundo suas descobertas.

O que é taxonomia?

É a ciência das leis de classificação científica. O que isso tem a ver com o peixe? Bem a taxomania ou sistemática, criada pelo naturalista sueco Linneu, permitiu que os peixes fossem classificados por gênero e espécie, facilitando seu estudo. O uso do latim nas classificações científicas visa a universalidade do nome. Em qualquer canto do mundo, independente da língua falada, você pode saber, por exemplo, que o substantivo genérico identifica o gênero, o adjetivo se refere à espécie e que o nome entre parênteses é o do classificador. Assim Hyphessobrycon rosaceus (Durbin) poderá ser compreendido, com a mesma facilidade, no Brasil ou na Alemanha. Graças à taxonomia, e a Linneu.

Foi o constante vai e vem dos portugueses, na época das grandes Navegações, que acabou difundindo na Europa Ocidental, por volta do século XVI, o hábito de criar peixes ornamentais em globos de vidro. O aquarismo continuou se aperfeiçoando mas contava ainda com técnicas rudimentares. Lamparinas de querosene ou bicos de gás eram colocados sob os aquários, numa tentativa de aquecer os pobres peixinhos, na maioria acostumados a águas tropicais. Só no século XX, com a energia elétrica é que os aquários começaram a dar aos peixes todo o conforto que eles merecem. E aos aquaristas, a possibilidade de incrementar suas atividades.







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