segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Acará-bandeira







Acará-bandeira




Originário da Bacia Amazônica, o acará-bandeira (Pterophyllum scalare) é um peixe de carne saborosa. Pode ser criado tanto para consumo quanto ornamentação. Embora seja mais facilmente ambientado em locais de clima quente, tolera temperaturas mais amenas, ao redor de 20 graus célsius, o que permitiu à criação da espécie avançar por quase todo o território nacional.


Atualmente, os principais polos de produção da espécie estão localizados nos estados do Sudeste e Sul brasileiros. Em São Paulo, destacam-se as cidades de Ribeirão Preto, Tabatinga e Mogi das Cruzes e as regiões do Vale do Ribeira e Vale do Paraíba. Em Minas Gerais, sobressaem os municípios de Muriaé e Patrocínio de Muriaé, localizados na Zona da Mata, e, no Paraná, as cidades de Maringá, Londrina e Cascavel. No Rio de Janeiro, a criação ocorre principalmente na região norte do estado.


De beleza exótica e manejo simples, o acará-bandeira é uma opção interessante mesmo para produtores que não possuem experiência na atividade. O peixe tem corpo achatado e cores variadas. Alguns contam com listras e nadadeiras longas, chamadas de véu. São procurados para embelezar aquários e convivem bem com outras espécies.


Criado para o segmento de ornamentação, no qual é um dos mais comercializados no mundo inteiro, o acará-bandeira chega a medir aproximadamente 12 centímetros de comprimento. Aos três meses de idade, alcança três centímetros de comprimento, tamanho que já pode ser vendido para o mercado.


O acará-bandeira é um peixe tranquilo, resistente e produtivo, come de tudo e se reproduz por meio de ovos. Gosta de desovar em folhas largas de plantas ou na superfície de pedras grandes e lisas. Os ovos são grudentos e podem aderir até em vidro de aquário. Se estiverem em local onde há presença de outros peixes predadores, é necessário transportá-los para outro recipiente para uma eclosão sem riscos. Um cuidado que se deve ter na criação do acará-bandeira é quanto à distinção entre exemplares machos e fêmeas quando o peixe ainda é jovem, o que não é fácil visualmente.


Para formar casais, pesquisadores afirmam que a prática mais adequada é, ao atingir de seis a sete centímetros de comprimento, manter de dez a 15 peixes juntos em caixas d'água, aquários grandes e outros recipientes adequados. Como são monogâmicos, os pares escolhidos acabam se isolando do grupo, possibilitando sua identificação.





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